Governo de Pernambuco nomeia 71 novos técnicos de enfermagem para reforçar rede de saúde do Estado

O Governo de Pernambuco nomeia, nesta quinta-feira (15), 71 novos técnicos de enfermagem para fortalecer a assistência à saúde no Estado. Os profissionais foram aprovados em concurso público da Secretaria de Saúde. A nomeação está publicada no Diário Oficial de hoje. 
 
“Estamos garantindo um reforço importante nas unidades de saúde do Estado. A presença dos novos profissionais permite a melhoria na assistência às pernambucanas e aos pernambucanos na nossa rede. Recebemos com muita alegria os técnicos de enfermagem, que irão atuar no atendimento aos pacientes”, destacou a governadora Raquel Lyra.
 
“A força da enfermagem no cuidado com as pessoas é muito importante para reforçar cada local na rede de saúde do Estado. Que eles sejam bem-vindos e que possamos ter mais gente trabalhando por uma saúde melhor ao povo pernambucano”, afirmou a secretária de Saúde, Zilda Cavalcanti.
 
A atual gestão estadual já nomeou 891 novos profissionais em diversos cargos para a Secretaria de Saúde e para a Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (Hemope).
Foto: Hesíodo Góes/ Secom

Música ao vivo e café especial em homenagem aos pais no Hospital Dom Malan em Petrolina

A semana começou com comemoração nesta segunda-feira (12) em homenagens aos pais, funcionários e acompanhantes do Hospital Dom Malan, da rede estadual de saúde em Petrolina, no Sertão de Pernambuco. A diretoria e o voluntariado preparam um café da manhã especial, com música ao vivo, na praça do jambo, dentro do HDM Ismep.

No domingo, dia dos pais, os funcionários que não estavam de plantão estavam com seus filhos e suas famílias em casa. Mas nós também preparamos esse momento para que eles se sentissem prestigiados e também os pais acompanhantes aqui do hospital, ” explicou a diretora administrativa, Ingride Lima.

A música ao vivo teve participações de vários funcionários do próprio HDM que são músicos e voluntariamente prepararam o repertório eclético para a diversão dos colegas e acompanhantes. A exemplo do cantor Allan Verlan, que durante o dia é agente de portaria do HDM. “Eu gosto muito de participar dos eventos aqui dentro do hospital, porque a gente diverte os próprios colegas com a nossa música, ” contou.

Por: Assessoria de Comunicação do Hospital Dom Malan Ismep

Superlotação: imagens mostram pacientes em corredores de Hospital de Urgências e Traumas em Petrolina-PE

Imagens divulgadas nesta terça-feira (13), nas redes sociais, mostram as difíceis condições enfrentadas por pacientes internados no Hospital de Urgências e Traumas (HU-Univasf) em Petrolina, Sertão pernambucano. Imagens mostram pacientes alojados em corredores.

COMUNICADO DO HU-UNIVASF

O Hospital Universitário da Univasf, emitiu um comunicado informando que registrou na última segunda-feira (12), um índice de internações muito acima do esperado. A taxa de ocupação chegou a 176%.

Tal cenário exige ainda mais suporte de toda a Rede Interestadual de Saúde (Pernambuco e Bahia), bem como maior cautela pela população na prevenção de acidentes, sobretudo aqueles relacionados ao trânsito.

MEDIDAS ADOTADAS

Em um vídeo divulgado no canal Youtube: www.youtube.com/@huunivasf – O superintendente do HU-Univasf, Julianeli Tolentino, explica as medidas institucionais adotadas diante do elevado índice de internações constatado desde a última segunda-feira, 12 de agosto.

Hospital Dom Malan em Petrolina realiza mutirão de broncoscopia em crianças internadas na unidade

O Hospital Dom Malan, da rede estadual de saúde em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, realizou nesta sexta-feira (09), procedimento de broncoscopia em quatro pacientes pediátricos. A broncoscopia é indicada em casos como uma obstrução da passagem de ar para o pulmão, e é feita através da introdução na boca ou no nariz de um tubo, chamado broncoscópio que possui na sua extremidade uma câmara de vídeo e uma fonte de luz fria. Este instrumento permite ao médico examinar diretamente as vias respiratórias.

“Essas crianças são pacientes que passam por intubação por período prolongados e evoluem para estenose subglótica (estreitamento da região laríngea compreendida entre as cordas vocais verdadeiras e a margem inferior da cartilagem cricóidetica), e o ar não consegue passar, elas não respiram adequadamente e são traqueostomizadas, um procedimento cirúrgico que consiste em um pequeno orifício artificial feito na garganta onde ocorre a abertura da traqueia para facilitar a chegada de ar até os pulmões. Depois disso, esses pacientes precisam fazer o procedimento de dilatação da traqueia para que se abram novamente e as crianças saiam do tubo, ” explicou o diretor médico do Hospital Dom Malan Ismep, Dr. Danilo Kauêr.

As crianças atendidas nesta sexta-feira estavam na lista Central de Regulação Interestadual de Leitos (CRIL) para realizar o procedimento em outro hospital da rede. A design de unhas Kedma Costa, de 28 anos, é mãe de Lorenzo, de três meses, uma das crianças atendidas no HDM Ismep. “Eu estou aliviada porque aqui no Hospital Dom Malan os médicos conhecem o problema do Enzo, acompanham ele muito bem e fiquei feliz em resolver aqui mesmo, ” ressaltou.

O mutirão atendeu também Lucca, de 9 meses, para alegria da mãe, a professora Eriângela de Alencar. “Eu estou muito feliz porque meu filho está bem e estou muito grata, ” contou.

Outras duas crianças também fizeram a broncoscopia no mutirão do HDM Ismep. Ayla de 4 meses que também passou por intubação. “Ela gripou e aí evolui para uma bronquiolite (inchaço e acúmulo de secreção nos bronquíolos, que são ramificações que levam o oxigênio aos pulmões). Minha filha foi intubada três vezes e depois fez a traqueostomia, ” contou a mãe, a trabalhadora rural de 27 anos, Taís Alves.

Mutirão

Para realizar o mutirão, a gestão do Hospital Dom Malan fez parceria com o Hospital Unimed da rede de saúde privada em Petrolina, que cedeu o equipamento para a realização da broncoscopia por profissionais do HDM Ismep.

Por: Assessoria de Comunicação do Hospital Dom Malan Ismep

Secretaria de Saúde de Petrolina irá realizar um mutirão de combate à Dengue nesse final de semana

Com o objetivo de promover a proteção da população, nesse sábado (10), a Secretaria de Saúde vai realizar mais um mutirão no combate ao Aedes aegypti. Os Agentes de Combate às Endemias (ACE) irão vistoriar os domicílios e orientar os moradores de sete localidades sobre a importância de eliminar recipientes que possam servir de criadouro para o mosquito transmissor da Dengue, Zika e Chikungunya. Mais de 50 Agentes estarão na ação.

Além das vistorias, será realizado o bloqueio de transmissão em áreas com casos suspeitos das doenças. As localidades que serão visitadas são: José e Maria, Dom Avelar, Palhinhas, Vila Eduardo, Jardim Maravilhas, Jardim Amazonas e Vale do Grande Rio. Apesar do 4º LIRAa apresentar baixo risco de infestação, de forma geral, alguns bairros isolados tendem a manter ou crescer o risco da presença do mosquito Aedes aegypti, com isso, os Agentes de Combate às Endemias atuam na prevenção, por meio de orientação a população e eliminação de possíveis criadouros para o mosquito.

Usar salto alto com frequência é prejudicial à saúde?

Apesar de transmitir elegância e estilo, há a possibilidade da utilização constante de saltos altos resultar em sérios riscos à saúde musculoesquelética. Embora esses calçados não sejam diretamente responsáveis por doenças específicas, o uso frequente está associado ao desenvolvimento de dores nos pés, joelhos e na coluna lombar. Além disso, eleva o risco de entorse de tornozelo, lesão que pode levar a fraturas e rupturas de músculos e ligamentos.
“O uso contínuo pode provocar alterações na biomecânica dos membros inferiores e na coluna vertebral. Com o ângulo do pé elevado, a coluna precisa se adaptar, compensando a inclinação na postura. Além disso, o peso do corpo é deslocado para o antepé, aumentando a pressão na região dos dedos. Também pode afetar os músculos, levando ao encurtamento ou alongamento deles, como os da região da panturrilha. E, ainda, o centro de gravidade do corpo é alterado e a área de contato com o chão é diminuída, aumentando a suscetibilidade a lesões no tornozelo”, explica Muana Pereira, fisioterapeuta e docente do curso de Fisioterapia da UNINASSAU Petrolina.
Segundo a especialista, o uso de saltos altos pode ser prejudicial em diversas idades, mas há grupos em que o cuidado deve ser redobrado. “As mais suscetíveis a se prejudicarem são as idosas, pela possibilidade de aumentar o risco de quedas e de fraturas, devido à diminuição da estabilidade; pessoas com disfunções musculoesqueléticas, como artrite; e quem têm alterações de equilíbrio, coordenação ou disfunções neurológicas que levam ao enfraquecimento muscular”, aponta.
Para quem precisa ou prefere usar por questões profissionais, Muana exemplifica quais modelos são mais recomendados. “Calçados com salto do tipo mais largo e de até três centímetros são considerados menos prejudiciais, pois oferecem mais suporte e estabilidade. Se a preferência for por uma altura superior a isso, uma boa opção são os que possuem plataforma na região anterior do pé. Eles reduzem a inclinação do membro e ajudam a distribuir melhor o peso, sendo mais confortáveis e apresentando uma chance menor de lesões”.
Para evitar consequências, a fisioterapeuta ressalta a importância de fazer um trabalho preventivo. “É ideal não utilizar salto alto diariamente. Altere os dias de uso com outros mais baixos e confortáveis. Outra dica é realizar alongamentos e exercícios de fortalecimento dos músculos dos membros inferiores, principalmente das pernas e dos pés. Para aliviar a tensão, pode ser feita uma automassagem com auxílio de bola cravo ou bola de tênis. Se possui dores associadas ao uso prolongado de salto alto, dê passos mais curtos e mais controlados”, orienta.
Muana ainda destaca quando é necessário procurar ajuda profissional e como são os tratamentos. “Não se pode negligenciar casos de dor persistente, que não melhora com a troca de calçados nem com repouso. O mesmo vale para situações de inchaço, dificuldade de movimentar a região dos pés, tornozelos e pernas, dores na coluna, sensação de falseio ou instabilidade nas articulações. Se já tiver desenvolvido alguma disfunção, as intervenções variam entre tratamento fisioterapêutico, incluindo recursos como a eletrotermofototerapia, terapia manual, tratamento medicamentoso e uso de dispositivos ortopédicos, como palmilhas”, finaliza.

Agosto Lilás: HU-Univasf/Ebserh oferta atendimento integrado para mulheres vítimas de violência

Cerca de 51,5% da população brasileira é formada por pessoas do sexo feminino. Em 2023, segundo dados do Instituto DataSenado, 30% das mulheres apontaram já ter sofrido algum tipo de violência familiar ou doméstica provocada por um homem. A fim conscientizar a população sobre a importância de combater à violência contra a mulher, foi instituído o agosto lilás.
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O atendimento integral às vítimas é ofertado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e existem serviços especializados em todo o Brasil. Em Petrolina (PE), o Hospital Universitário da Universidade Federal do Vale do São Francisco (HU-Univasf), vinculado à Rede Ebserh, é referência em atendimento de traumas físicos.
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Na unidade hospitalar, para melhor atender as pacientes que chegam ao serviço referenciado em decorrência de agressões, a equipe multidisciplinar elaborou um Protocolo de Atendimento à Vítima de Violência Doméstica, que tem como objetivos principais realizar a escuta, o acolhimento, as orientações e intervenções de apoio ao paciente e ao familiar ou acompanhante.
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“Na execução do protocolo, as equipes de saúde irão prestar atendimento médico e multiprofissional, delinear o fluxo institucional diante da demanda de violência contra a mulher, além elaborar critérios e possibilidades de encaminhamento para continuidade da proteção e do cuidado de mulheres vítimas de violência”, explica a psicóloga do HU, Alecrides Alencar. Uma equipe de 13 profissionais foi formada para atualizar o protocolo, reunindo diversas especialidades, tais como psicologia, serviço social, farmácia, enfermagem e medicina.
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Tipos de violência
Segundo a Lei Maria da Penha, os tipos de violência contra a mulher podem ser: física (espancamento, atirar objetos, sacudir e apertar os braços, estrangulamento ou sufocamento, lesões com objetos, ferimentos causados por queimadura ou arma de fogo, tortura); psicológica (ameaças, constrangimento, humilhações, manipulação, isolamento, vigilância constante, insultos, limitação do direito de ir e vir); sexual (estupro, obrigação de ato sexual que cause desconforto, impedir o uso de métodos contraceptivos, limitar ou anular o exercício dos direitos sexuais da mulher); patrimonial (controle do dinheiro, destruição de documentos pessoais, furto, extorsão, estelionato, privação de bens ou valores econômicos); moral (acusar a mulher de traição, expor vida íntima, rebaixamento, desvalorização); e patrimonial (retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos).
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A Central de Atendimento à Mulher – ligue 180 – é um serviço de utilidade pública para denúncias de violência contra a mulher e está disponível 24h. Também é possível procurar a Delegacia da Mulher mais próxima para realizar o boletim de ocorrência e procurar atendimento no Sistema Único de Saúde para as medicações de profilaxia no caso de violência sexual.
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Sobre a Ebserh
O HU-Univasf faz parte da Rede Ebserh desde 2015. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação

Dia Nacional da Saúde: entenda como esporte pode auxiliar em um estilo de vida saudável

Comemorado em 5 de agosto, o Dia Nacional da Saúde serve como um importante lembrete para a necessidade de cuidar do corpo e da mente. O objetivo da data é promover a conscientização sobre a importância de cuidar-se, estimulando os hábitos saudáveis da população. Entre esses hábitos, está a prática de atividade física regular, um dos pilares fundamentais para a manutenção da vitalidade do corpo e que possui inúmeros benefícios.

Paolo Sciavicco, médico e franqueado da Fast Tennis, rede de academias de tênis que traz uma proposta inovadora e se dedica a transformar a prática da modalidade em uma experiência única e divertida, afirma que, além do corpo, atividade física também é importante para a saúde mental. “O esporte, independente da modalidade, libera endorfinas, substâncias que promovem a sensação de bem-estar e ajudam a reduzir o estresse e a ansiedade. Além disso, exercitar-se promove a melhora do humor e o aumento da autoestima, já que a superação de desafios e o alcance de metas estabelecidas ajudam na confiança em seguir praticando e melhorando no que se propõe a fazer”, afirma.

Os benefícios físicos também são visíveis e o médico explica que podem ser inúmeros. “A prática regular de esportes como o tênis, por exemplo, fortalece o sistema circulatório e auxilia na prevenção de doenças vasculares, graças ao aumento da circulação sanguínea e fortalecimento muscular proporcionado pelo jogo. Esse esporte também promove desenvolvimento da coordenação motora e promoção de hábitos saudáveis.  Além disso, age diretamente no fortalecimento de musculaturas como pernas e panturrilhas”, explica o especialista.

Um importante fator a ser citado é a importância da atividade física para o controle de peso. De acordo com estudo da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) em parceria com a organização global de saúde pública Vital Strategies publicado em 2023, aponta que 56,8% dos brasileiros está com excesso de peso. “A prática regular de atividade física incide diretamente na queima de calorias e, consequentemente, no controle do peso corporal, auxiliando na prevenção da obesidade e do agravamento de doenças como diabetes e hipertensão, por exemplo”, completa o franqueado afirmando que a adoção de um estilo de vida ativo é um investimento na longevidade e na qualidade de vida. 

Sobre a Fast Tennis
A Fast Tennis é uma rede de academias de tênis que traz uma proposta inovadora e se dedica a transformar a prática do esporte em uma experiência única e divertida. Com foco na experiência do cliente e uma abordagem personalizada para todas as idades, a empresa oferece aulas dinâmicas e flexíveis, promovendo saúde, diversão, inclusão e um estilo de vida saudável.

Mais 16 marcas de cafés impróprios para consumo devem ser recolhidos pelas empresas responsáveis

FOTO: MARCELO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) divulgou nesta sexta-feira (2) uma lista com 16 marcas de café torrado considerados impróprios para o consumo. Análises encontraram matérias estranhas, impurezas ou elementos estranhos acima do limite permitido.Os produtos devem ser recolhidos pelas empresas responsáveis, como prevê a legislação, em casos de risco à saúde pública, adulteração, fraude ou falsificação.

As 16 marcas de café impróprias para consumo são Oba Oba Sorriso, Exemplar, Matão, Belo, Moreno, Pureza, Terra da Saudade, Góes Tradicional a Vácuo, Serra do Brasil, Cambeense, Dourados, Do Norte, Salute, Ivaiporã, Terra da Gente e Dona Filinha.

No início de julho, o Mapa havia divulgado uma lista com marcas impróprias.

O ministério orienta a população que deixe de consumir esses cafés e solicite a substituição como determinado pelo Código de Defesa do Consumidor. Caso encontrem essas marcas sendo comercializadas, podem entrar em contato com pelo canal oficial Fala.BR, informar o estabelecimento e o endereço onde foi adquirido o produto.

O Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal da Secretaria de Defesa Agropecuária é o responsável pelas fiscalizações de café torrado e moído no mercado interno.

“Após a realização da Operação Valoriza, em março de 2024, em que foram feitas fiscalizações de café torrado durante duas semanas de maneira concentrada, o Mapa continuou realizando fiscalizações de rotina durante os meses seguintes, incluindo o atendimento às denúncias feitas por cidadãos por meio da plataforma Fala.BR”, disse Ludmilla Verona, coordenadora de Fiscalização da Qualidade Vegetal.

As ações de fiscalização e análise dos produtos fazem parte do Programa Nacional de Prevenção e Combate à Fraude e Clandestinidade em Produtos de Origem Vegetal (PNFraude), que tem como objetivo diminuir as fraudes e promover a regularidade de estabelecimentos produtores de gêneros de origem vegetal.

Edição: Fernando Fraga/Agência Brasil

Febre do Oropouche: entenda o que é a doença que preocupa o Brasil

Foto: INPA/Reprodução/L.P.C. Carvalho

O Ministério da Saúde define a febre do Oropouche como doença causada por um arbovírus do gênero Orthobunyavirus, identificado pela primeira vez no Brasil,  em 1960, a partir da amostra de sangue de um bicho-preguiça capturado durante a construção da rodovia Belém-Brasília.Desde então, casos isolados e surtos foram relatados no país, sobretudo na região amazônica, considerada endêmica. Em 2024, entretanto, a doença passou a preocupar autoridades sanitárias brasileiras. Até o início de julho, mais de 7 mil casos haviam sido confirmados no país, com transmissão autóctone em pelo menos 16 unidades federativas. Esta semana, São Paulo confirmou os primeiros casos no interior do estado.

A transmissão acontece principalmente por meio do vetor Culicoides paraensis, conhecido popularmente como maruim ou mosquito-pólvora. No ciclo silvestre, bichos-preguiça e primatas não-humanos (e possivelmente aves silvestres e roedores) atuam como hospedeiros. Há registros de isolamento do vírus em outras espécies de insetos, como Coquillettidia venezuelensis e Aedes serratus.

Já no ciclo urbano, os humanos são os principais hospedeiros. Nesse cenário, o mosquito Culex quinquefasciatus, popularmente conhecido como pernilongo e comumente encontrado em ambientes urbanos, também pode transmitir o vírus.

Sintomas

Os sintomas da febre do Oropouche, de acordo com o ministério, são parecidos com os da dengue e incluem dor de cabeça intensa, dor muscular, náusea e diarreia. “Nesse sentido, é importante que profissionais da área de vigilância em saúde sejam capazes de diferenciar essas doenças por meio de aspectos clínicos, epidemiológicos e laboratoriais e orientar as ações de prevenção e controle”, alerta a pasta.

O quadro clínico agudo, segundo a pasta, evolui com febre de início súbito, cefaleia (dor de cabeça), mialgia (dor muscular) e artralgia (dor articular). Outros sintomas como tontura, dor retro-ocular, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos também são relatados. Casos com acometimento do sistema nervoso central (como meningite asséptica e meningoencefalite), especialmente em pacientes imunocomprometidos, e com manifestações hemorrágicas (petéquias, epistaxe, gengivorragia) podem ocorrer.

Ainda de acordo com o ministério, parte dos pacientes (estudos relatam até 60%) pode apresentar recidiva, com manifestação dos mesmos sintomas ou apenas febre, cefaleia e mialgia após uma ou duas semanas a partir das manifestações iniciais. “Os sintomas duram de dois a sete dias, com evolução benigna e sem sequelas, mesmo nos casos mais graves”.

Mortes inéditas

No último dia 25, entretanto, a Bahia confirmou duas mortes por febre do Oropouche no estado. Até então, não havia nenhum registro de óbito associado à infecção em todo o mundo.

De acordo com a Secretaria de Saúde da Bahia, as mortes foram registradas em pacientes sem comorbidades e não gestantes. A primeira morte, uma mulher de 24 anos que residia no município de Valença, ocorreu no dia 27 de março. O segundo óbito, uma mulher de 21 anos que residia em Camamu, foi registrado no dia 10 de maio.

Técnicos de vigilância em saúde baianos informaram que as pacientes apresentaram início abrupto de febre, dor de cabeça, dor retro orbital e mialgia, que rapidamente evoluíram para sintomas graves, incluindo dor abdominal intensa, sangramento e hipotensão.

Diagnóstico

O diagnóstico da febre do Oropouche é clínico, epidemiológico e laboratorial e todos os casos positivos devem ser notificados. Além de ser de notificação compulsória, a doença também é classificada pelo ministério como de notificação imediata, “em função do potencial epidêmico e da alta capacidade de mutação, podendo se tornar uma ameaça à saúde pública”.

Tratamento

Não há tratamento específico para a febre do Oropouche. A orientação das autoridades sanitárias brasileiras é que os pacientes permaneçam em repouso, com tratamento sintomático e acompanhamento médico. Em caso de sintomas suspeitos, o ministério pede que o paciente procure ajuda médica imediatamente e informe sobre uma exposição potencial à doença.

Prevenção

Dentre as recomendações citadas pela pasta para prevenir a febre do Oropouche estão:

– Evitar o contato com áreas de ocorrência e/ou minimizar a exposição às picadas dos vetores.

– Usar roupas que cubram a maior parte do corpo e aplicar repelente nas áreas expostas da pele.

– Limpar terrenos e locais de criação de animais.

– Recolher folhas e frutos que caem no solo.

– Usar telas de malha fina em portas e janelas.

Transmissão vertical e microcefalia

Apenas em julho, o ministério publicou duas notas técnicas voltadas para gestores estaduais e municipais envolvendo a febre do Oropouche. Uma delas recomenda intensificar a vigilância de casos e alerta para a possibilidade de transmissão vertical da doença, que acontece quando o vírus é transmitido da mãe para o bebê, durante a gestação ou no parto.

Em junho, a Seção de Arbovirologia e Febres Hemorrágicas do Instituto Evandro Chagas analisou amostras de soro e líquor armazenadas na instituição, coletadas para investigação de arboviroses e negativas para dengue, chikungunya, zika e vírus do Nilo Ocidental. Nesse estudo, foi detectado em quatro recém-nascidos com microcefalia a presença de anticorpos contra o vírus da febre do Oropouche. “Essa é uma evidência de que ocorre transmissão vertical do vírus, porém, limitações do estudo não permitem estabelecer relação causal entre a infecção pelo vírus durante a vida uterina e malformações neurológicas nos bebês”, destacou o ministério do documento.

No mês passado, a investigação laboratorial de um caso de óbito fetal com 30 semanas de gestação identificou material genético do vírus da febre do Oropouche em sangue de cordão umbilical, placenta e diversos órgãos fetais, incluindo tecido cerebral, fígado, rins, pulmões, coração e baço. “Essa é uma evidência da ocorrência de transmissão vertical do vírus. Análises laboratoriais e de dados epidemiológicos estão sendo realizadas para a conclusão e classificação final desse caso”, informou a pasta no mesmo documento.

Edição: Valéria Aguiar/Agência Brasil