Bolsonaro autoriza internação compulsória de dependentes químicos sem autorização judicial

Dependentes químicos poderão ser internados compulsoriamente sem a necessidade de autorização judicial. A mudança no tratamento ocorre após o presidente Jair Bolsonaro (PSL) sancionar uma lei aprovada pelo Congresso. O texto autoriza a internação involuntária sem consentimento.

Com a alteração na legislação, a internação só poderá ser feita em unidades de saúde e hospitais gerais. O procedimento dependerá do aval de um médico responsável e terá prazo máximo de 90 dias, tempo considerado necessário à desintoxicação.

A solicitação para que o dependente seja internado poderá ser feita pela família ou pelo responsável legal. Não havendo nenhum dos dois, o pedido pode ser feito por um servidor da área da saúde, assistência social ou de órgãos integrantes do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (Sisnad), exceto da segurança pública.

O texto, proposto pelo deputado Osmar Terra (MDB-RS), atual ministro da Cidadania, foi aprovado pela Câmara em 2013 e encaminhado naquele ano ao Senado, onde só foi aprovado em maio de 2019.

A principal alteração é que a Lei de Drogas não trata da internação involuntária. Com a nova lei, passa a haver um clara distinção da internação voluntária, com consentimento do dependente, e da involuntária.

A lei estabelece que a internação involuntária depende de avaliação sobre o tipo de droga consumida pelo dependente e será indicada “na hipótese comprovada da impossibilidade de utilização de outras alternativas terapêuticas previstas na rede de atenção à saúde”.

Pelo texto, a família ou o representante legal do paciente poderão solicitar a interrupção do tratamento “a qualquer tempo”. Além disso, a lei determina que tanto a internação involuntária quanto a voluntária devem ser indicadas somente quando “os recursos extra-hospitalares se mostrarem insuficientes”.

Texto inclui comunidades terapêuticas
A lei inclui as Comunidades Terapêuticas Acolhedoras no Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas. De acordo com o texto, a permanência dos usuários de drogas nos estabelecimentos de tratamento poderá ocorrer apenas de forma voluntária. Para ingressar, o paciente terá de formalizar por escrito o desejo de se internar.

O texto estabelece que esses locais devem servir de “etapa transitória para a reintegração social e econômica do usuário de drogas”. Ainda que o paciente manifeste o desejo de aderir às comunidades, será exigido uma avaliação médica prévia do dependente.

O acolhimento dos dependentes nessas comunidades deve ser em “ambiente residencial, propício à formação de vínculos, com a convivência entre os pares, atividades práticas de valor educativo e a promoção do desenvolvimento pessoa”. Fica vedado o isolamento físico do usuário nesses locais.

Bolsonaro veta itens
Bolsonaro vetou quatro itens que foram aprovados pelo Congresso. Os trechos barrados permitiam que pessoas que não são médicos avaliassem o risco de morte de um dependente, para que o acolhimento pudesse ser feito de imediato nas comunidades terapêuticas.

Além disso, que fosse dada prioridade absoluta no Sistema Único de Saúde (SUS) para as pessoas que passam por atendimento em comunidades terapêuticas a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad) definisse as regras de funcionamento das comunidades terapêuticas e que as comunidades não fossem caracterizadas como “equipamentos de saúde”.

Doenças neuromusculares: Petrolina recebe mutirão de atendimentos

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) se une novamente à Associação dos Amigos e Familiares de Doenças Neuromusculares (Donem) para mais uma edição do InterAÇÃO, projeto que leva mutirão de atendimentos de doenças meuromusculares e circuito de palestras sobre o assunto para profissionais de saúde. Desta vez Petrolina, no Sertão do Estado, foi a escolhida para receber a 3ª edição da iniciativa, nesta sexta-feira (07.06) e sábado (08.06). A expectativa é atender, na sexta, das 8h às 15h, 40 pacientes com suspeita ou diagnóstico fechado no mutirão, que acontecerá na Unidade Pernambucana de Atenção Especializada (UPAE) do município. Os interessados devem agendar o atendimento previamente, pelo número (81) 9.9533.8494. Já foram atendidas cerca de 40 pessoas na iniciativa nas edições anteriores.

No primeiro dia, os pacientes passarão por avaliação e atendimento com cardiologista, ortopedista, neurologista, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, neuropediatra, além de assistência jurídica e social para demandas específicas. “A ideia é proporcionar, para as pessoas que moram no interior e convivem com alguma doença neuromuscular, suporte integral para suas necessidades, dando assistência também para os seus familiares”, pontua a presidente da Donem, Suhellen Oliveira.

Assim como nas edições anteriores, em Caruaru, no Agreste, e em Arcoverde, também no Sertão, os casos suspeitos que tiverem o diagnóstico fechado no mutirão serão inseridos na rede estadual de assistência. “Os pacientes passam por exames e avaliações específicas e, caso a suspeita para doença neuromuscular seja confirmada, o paciente será acompanhado na própria UPAE ou encaminhado para outros serviços de referência”, reforça a coordenadora do Núcleo de Atenção às Famílias de Crianças com Microcefalia da SES, Laura Patriota.

O projeto InterAÇÃO passará, no 2º semestre de 2019, pelo município de Salgueiro, no Sertão, encerrando a caravana de mutirões e palestras no Recife, em setembro. Além da SES, a Donem conta com o apoio de diversas Alianças e Associações de doenças raras e neuromusculares para o Projeto InterAÇÃO, que também passará, até o fim do ano, pelos municípios de Petrolina, Salgueiro e Recife.

AS DOENÇAS – As doenças neuromusculares afetam os músculos, a junção neuromuscular (estruturas que conectam os nervos aos músculos) e os nervos periféricos. Na maioria dos casos não há alteração nas funções cerebrais, como a consciência, memória, raciocínio e linguagem, mas podem trazer dificuldades na locomoção e outras tarefas do cotidiano. Entre as disfunções mais conhecidas, estão a esclerose lateral amiotrófica (ELA), atrofia muscular espinhal (AME), distrofia muscular de duchenne (DMD) e miopatias congênitas.

O diagnóstico é feito, principalmente, pela investigação da história de vida do paciente e sua família, com o auxílio de alguns exames físicos. Exames complementares incluem eletroneuromiografia (estudo da função dos nervos e músculos através de estímulos e registros da atividade elétrica destas estruturas), exames laboratoriais e biópsias de nervo e músculo.

NOVOS CENTROS – Em 2018, o Governo de Pernambuco inaugurou dois importantes equipamentos, no Recife, voltados exclusivamente para pessoas que vivem com doenças raras. No Hospital Maria Lucinda, funciona o Centro de Doenças Raras de Pernambuco, enquanto que no Imip o atendimento é feito no Centro de Tratamento de Erros Inatos do Metabolismo. Por meio de convênio, ambos os equipamentos estão recebendo investimentos do Estado, em um aporte anual de cerca de R$ 5 milhões.

As estruturas desenvolvem suas atividades de maneira integrada e complementar, com regulação da SES, realizando o acompanhamento clínico especializado multidisciplinar dos pacientes, além de atuarem na pesquisa e ensino científico, contribuindo, também, como pólo de difusão de conhecimento.

ASSOCIAÇÃO – A Donem é uma organização sem fins lucrativos, que tem como missão divulgar as doenças neuromusculares, promover a conscientização e dar apoio a pessoas que convivem com a doença. A associação trabalha para fortalecer o diagnóstico precoce, defender o tratamento adequado e para ampliar a qualidade de vida de pacientes, seus amigos e familiares.

Por: Anna Monteiro – Assessoria de Comunicação

UPAE Petrolina
Gestão IMIP

Anvisa proíbe a fabricação de alimentos com moringa oleifera (acácia-branca)

A Anvisa proibiu, nesta terça-feira (4/6), a fabricação, a importação, a comercialização, a propaganda e a distribuição de todos os alimentos que contenham Moringa oleifera, uma planta da família Moringaceae. A medida, que é válida para todo o território nacional, abrange tanto alimentos que contenham a Moringa oleifera como constituinte, em quaisquer formas de apresentação, como chá, cápsulas etc., quanto o próprio insumo.

A medida foi motivada pelo fato de não haver avaliação e comprovação de segurança do uso da espécie Moringa oleifera em alimentos. Além disso, foi constatado que há inúmeros produtos denominados e/ou constituídos de Moringa oleiferaque vêm sendo irregularmente comercializados e divulgados com diversas alegações terapêuticas não permitidas para alimentos, como por exemplo: cura de câncer, tratamento de diabetes e de doenças cardiovasculares, entre muitas outras.

A Anvisa orienta que os cidadãos que adquiriram alimentos com Moringa oleifera não façam uso deles. Denúncias sobre a comercialização desses produtos podem ser feitas diretamente para as autoridades sanitárias locais ou para a própria Anvisa, por meio dos canais de atendimento da Agência.

As infrações sanitárias para estabelecimentos que realizam a venda irregular desses produtos estão descritas na Lei 6.437/1977. As multas variam de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão.

Acesse aqui a Resolução RE 1.478/2019, publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (4/6).

Brasileiros são os mais ansiosos do mundo, segundo a OMS

Brasil sofre uma epidemia de ansiedade. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o País tem o maior número de pessoas ansiosas do mundo: 18,6 milhões de brasileiros (9,3% da população) convivem com o transtorno. O tabu em relação ao uso de medicamentos, entretanto, ainda permanece.

Daniel Martins de Barros, psiquiatra do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, confirma. “As duas frases que eu mais ouço na clínica são ‘eu não queria tomar remédio’, na primeira consulta, e ‘eu não queria parar de tomar os remédios’, na consulta seguinte. A gente tem muita resistência porque existem muitos mitos: ficar viciado, bobo, impotente, engordar”.

Barros explica que todo remédio pode ter efeitos colaterais e eles serão receitados quando existir uma relação de custo-benefício a favor do paciente. “Tudo é assim na medicina e na vida”, diz.

Neury Botega, psiquiatra da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), afirma que há 30 anos os médicos dispunham de recursos inadequados para tratar a ansiedade. “Ou usávamos drogas bem pesadas, como barbitúricos, ou as que existem até hoje, como as faixas pretas, os benzodiazepínicos. Por isso, nós vimos várias tias, avós, viciadas em remédios e essa é uma das imagens gravadas quando pensamos em tratamentos psiquiátricos”.

A partir de 1990, a fluoxetina, mais conhecida comercialmente como Prozac, torna-se popular. Para Botega, isso muda totalmente o paradigma do tratamento da ansiedade. “Hoje, para tratá-la, na maioria das vezes usamos medicamentos que aumentam a atividade de um neurotransmissor chamado serotonina. É o nosso Bombril: mil e uma utilidades”.

Em relação ao tempo de duração do tratamento, não há protocolos claros para a ansiedade, como existem para a depressão. “Ele pode durar um tempo ou ser necessário pela vida inteira. Ansiedade é como pressão alta: quando descontrola, às vezes é para sempre. Você pode controlar com atividade física, meditação, terapia, mas ela vai estar sempre ali te ameaçando”, diz Martins de Barros. De acordo com ele, os casos variam bastante: há desde indivíduos que terão alta e nunca mais precisarão de remédios até outros que dependerão de medicamentos para o resto da vida.

Medicalização
O historiador e colunista do Estado, Leandro Karnal, aponta outro lado da questão e vê uma medicalização do comportamento humano. “Se o aluno não consegue acompanhar as aulas, dão remédio para ele. Nem todo mundo que não presta atenção tem déficit de atenção. A aula pode ser chata mesmo”, argumenta. Rosely Sayão, psicóloga e consultora em educação, chama a atenção para o que ela intitula de “epidemia de diagnósticos”, que envolve leigos e profissionais de saúde. Para ela, cada um de nós hoje usa a lógica médica para olhar para o outro e dizer: “Essa pessoa é chata; essa pessoa tem TOC; fulano surtou”. “Nós vivemos à base de diagnósticos e, quando fazemos isso, apagamos a pessoa que está por trás dele”.

Saúde no Smartphone
Aplicativos com versões gratuitas podem auxiliar no tratamento. Conheça alguns:

  • Aplicativo Offtime: o app permite bloquear o celular pelo tempo desejado pelo usuário e oferece estatísticas de uso do aparelho;
  • Aplicativo Pacifica: baseado na psicologia cognitiva comportamental, foca na interpretação e no controle do comportamento para mudá-lo;
  • Aplicativo Calm: com uma variedade de programas, foi feito para reduzir a ansiedade e relaxar por meio de músicas. Também usa “mindfulness”;
  • Aplicativo MindShift: com o foco em jovens, possui um diário e exercícios para respiração e avaliação do nível de ansiedade;
  • Aplicativo Headspace: criado por um monge budista, o app ensina técnicas de meditação, respiração e “mindfulness” (atenção plena).

Via: Metropoles

Surto de Doenças de Chagas em Pernambuco pode ser considerado o maior do Brasil

O surto de Doença de Chagas aguda que está sendo investigado na cidade de Ibirimim, no Sertão de Pernambuco, é o primeiro caso de surto da doença na fase aguda já registrado no estado e está sendo considerado o maior do gênero que já aconteceu no Brasil. Até então, 20 casos foram confirmados em laboratório e outros cinco por meio de análise clínica e epidemiológica. Estima-se, contudo, que o número de infectados pelo protozoário Tripanossoma cruzi possa ser bem maior. Outras 52 pessoas, que também estiveram no evento religioso onde aconteceu a contaminação, passarão por exames e serão acompanhadas. Dos oito pacientes que estavam internados no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), dois receberam alta ontem.

Por enquanto, ainda não se sabe o que pode ter causado a doença. Desde que o primeiro paciente deu entrada em uma unidade de saúde com sintomas, no dia 20 de maio, o Estado começou uma verdadeira cruzada para montar o quebra-cabeça e traçar o diagnóstico dos pacientes. Primeiro, a desconfiança era de arboviroses. Em seguida, de febre tifoide. Logo depois, de malária. “Os sintomas das doenças infecciosas são comuns entre eles, febre, dor e manchas no corpo. O diferencial dessas pessoas era o tempo de febre, que começou a se prolongar, chegando até a 20 dias”, explicou o chefe do serviço de infectologia do Huoc, Demetrius Montenegro.

Os pacientes que precisaram ser internados apresentaram também edemas na face, dores na boca do estômago, inchaço nas pernas e nos olhos e dores articulares. “Eles tinham febre que começava na tarde e se estendia até a madrugada. Alguns melhoravam e depois pioravam”, acrescentou Demetrius Montenegro. Um dos internados chegou a apresentar alterações cardíacas, uma das características da Doença de Chagas, o que ajudou a fechar o diagnóstico. “O que mais chama atenção é a quantidade de pessoas envolvidas e contaminadas. Um surto semelhante aconteceu na Bahia com 13 casos sintomáticos, dos quais quatro tiveram confirmação por exame. Nós, dos 25 casos, já temos 20 com confirmação da presença do parasita no exame”, disse Demetrius.

Os pacientes internados no Huoc têm, em média, 25 anos. Eles iniciaram o tratamento com o medicamento Benzonidazol. Tanto eles quanto todos os participantes do evento religioso onde aconteceu a contaminação precisarão ser acompanhados por anos. “O diagnóstico na fase aguda é bom porque a possibilidade de cura é bem maior, em comparação aos pacientes crônicos. Quanto mais jovem é o paciente, melhor a resposta ao tratamento”, afirmou o cardiologista Wilson de Oliveira Junior, fundador e chefe da Casa de Chagas. Entre as pessoas que possivelmente foram contaminadas, estão uma criança de 10 anos e uma grávida, que passará por tratamento diferenciado para evitar a transmissão ao bebê.

A principal suspeita, por enquanto, é que a transmissão da Doença de Chagas tenha ocorrido por via oral, por meio da ingestão de algum alimento. A Secretaria Estadual de Saúde (SS) iniciou a busca ativa para realizar as análises de amostras das 77 pessoas que estiveram no evento religioso, realizado durante a Semana Santa. Além disso, está fazendo a busca pela presença do vetor, o inseto conhecido como barbeiro, nas redondezas da escola onde o grupo ficou hospedado, em Ibimirim. Entre as pessoas, estão moradores de vários municípios, incluindo Recife, Camaragibe e até Conde, na Paraíba.

“Uma equipe da secretaria está em Ibimirim realizando uma avaliação vetorial nas regiões próximas ao local de provável infecção, buscando a presença do inseto. Estamos investigando também o que foi oferecido de alimento durante o evento. A dificuldade é que muitas pessoas já não lembram”, disse o diretor-geral de Controle de Doenças Transmissíveis da SES, George Dimech.

Em Pernambuco, existem 2 mil pessoas com a doença, em estágio crônico, acompanhadas. Por mês, cerca de 10 novos pacientes, que convivem sem saber com a enfermidade, são diagnosticados. A doença cardíaca é a principal complicação da Doença de Chagas na fase crônica, sendo a terceira causa de indicação de transplante no Brasil. A doença não é erradicada no país, mas controlada.

Entrevista
O surto em investigação em Pernambuco começou depois que um grupo de pessoas que havia participado de uma ação missionária religiosa na cidade de Ibimirim apresentou dores no corpo e febre. Um eletricista e promotor de vendas autônomo, de 39 anos, e a esposa dele, de 33, foram os primeiros pacientes a darem entrada no Huoc com os sintomas. Em entrevista ao Diario, ele contou detalhes do que a família sentiu.

Como foi esse evento que vocês participaram?
Somos de uma igreja e a gente se reúne com pessoas de outras igrejas para levar mantimentos e fazer cultos em diversos municípios. No carnaval, havíamos ido para Bodocó e na Semana Santa era Ibimirim. A alimentação quem faz é a gente mesmo, foi levado boa parte daqui. A outra parte, como algumas frutas e verduras, foram compradas na cidade. Chegamos na quinta-feira e retornamos no domingo. A nossa única suspeita era até o momento uma água, porque havia um bebedouro na escola que estava com uma água de gosto estranho. Estava com fezes de animais e limpamos (a SES afirmou, entretanto, que outros pacientes sintomáticos não beberam da mesma água, de forma que essa possibilidade é reduzida).

Quando vocês começaram a apresentar os sintomas?
Eu tive os primeiros sintomas a partir do dia 3 de maio e fui internado na sexta-feira seguinte, à noite. Foi quando eu não aguentei as dores do corpo. Eu estava com a minha esposa, socorrendo ela, que também já estava sentindo os sintomas.

O que vocês estavam sentindo?
A gente estava sentindo febre, que não cessava. Cheguei a ter 39 graus, quase 40. Ela também. E sentimos também muita dor no estômago, uma dor insuportável. Minha esposa já não andava mais quando chegamos ao hospital.

Como vocês estão se sentindo hoje?
Comecei o tratamento com o remédio para Chagas há três dias. Estou bem, já não tenho febre e as dores cessaram. Praticamente, estamos com a vida normal. Eu fiz o exame cardiológico e tinha uma pequena inflamação na pele do coração, mas o médico disse que não era nada grave. A minha esposa já foi um pouco diferente, ela teve uma alteração bem pequena, e o médico disse para observar mais ela.

Fonte: Diario de Pernambuco

Coordenadora Geral da UPAE/IMIP de Petrolina participa de Simpósio Internacional no Albert Einstein, em SP

A coordenadora geral da Unidade de Pronto Atendimento e Atenção Especializada de Petrolina, Grazziela Franklin, participou entre os dias 29 e 31 de maio do III SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE GESTÃO DE PROJETOS, PROCESSOS E INOVAÇÃO NA ÁREA DA SAÚDE, que aconteceu no Hospital Albert Einstein em São Paulo.

O evento teve como objetivo compartilhar as melhores práticas em um segmento cada vez mais desafiador, dinâmico e com recursos cada vez mais limitados, por meio de apresentação de cases (casos de sucesso) internos e de mercado.

O Simpósio teve como público alvo profissionais da área de gerenciamento, melhoria, qualidade e inovação de processos; profissionais ligados à gestão do conhecimento para excelência operacional, gestão por processos e operações; além de gestores de instituições de saúde e prestadores de serviços na área da saúde, entre outros interessados nos temas propostos.

“Foi uma experiência imensuravelmente enriquecedora, que nos ofertou um mundo de possibilidades. Mesmo tendo passado três dias falando sobre diversos temas como a eficiência operacional para a sustentabilidade das instituições de saúde, gestão de projetos, inovação, papel do líder como facilitador, superação de limites e cultura organizacional, ainda fica a sensação de que não absorvemos tudo”, revelou.

“Trouxe muito conteúdo na bagagem e muitas ideias novas que pretendo aplicar na UPAE de Petrolina. Sem dúvida, essa foi uma experiência única, que me enriquece pessoalmente enquanto gestora em saúde, mas que, acima de tudo, me tira do lugar comum e faz pensar que podemos ir bem mais além. Aguardem novidades”, ressaltou em tom de desafio.

O IMIP, que gerencia a UPAE de Petrolina, leva a gestão em saúde muito a sério e todas as unidades de Petrolina e de Pernambuco que fazem parte do IMIP Gestão Hospitalar são acompanhadas pela TGI Consultoria em Gestão. “Esse é o nosso forte e por isso fui buscar reciclagem em um dos melhores centros de assistência, ensino e pesquisa do país que é o Hospital Albert Einstein”, justifica Grazziela.

ASCOM – UPAE/IMIP de Petrolina 

Junho Vermelho: campanha destaca a importância da doação de sangue

O mês de junho é tipicamente o período que as temperaturas começam a cair, propiciando aumento da incidência de infecções respiratórias, além da temporada de provas em universidades, escolas e do início das férias escolares. Por isso é o período em que se costuma registrar quedas significativas nos estoques dos bancos de sangue, públicos e privados. Para destacar a importância da doação de sangue nesse momento do ano, começou no último sábado (1º) a campanha Junho Vermelho.

A campanha iluminará com a cor vermelha, durante todo o mês, instituições públicas e privadas, prédios históricos e monumentos em diferentes localidades do país. Serão feitas ações especiais durante a semana do Dia Mundial do Doador de Sangue, que é comemorado no dia 14 de junho. Lançada no estado de São Paulo, a campanha Junho Vermelho ganhou status de lei estadual em 15 de março de 2017 (nº 16.386) e passou a ser promovida em todo o país.

Segundo a fundadora do Eu Dou Sangue, Debi Aronis, a ideia de criar o movimento veio depois de seu pai precisar de sangue devido a uma doença delicada e de perceber que o período estava com estoques baixos nos hemocentros e hospitais. “Somente aqueles que enfrentam uma dificuldade e precisam da doação para que familiares ou amigos possam sobreviver sabem da importância desse ato. É um pequeno gesto, individual e gratuito, mas com consequências expressivas”.

Debi explicou que o fato de as pessoas estarem menos propensas a sair de casa não diminui, e por vezes até aumenta, a rotina dos hospitais que atendem desde vítimas de acidentes de trânsito e da violência urbana até os portadores de doenças que requerem transfusões sanguíneas como câncer, anemia falciforme e outras patologias, incluindo os procedimentos cirúrgicos de alta complexidade, como transplantes e cirurgias cardíacas. “É importante ressaltar que a demanda de sangue permanece inalterada, apesar da redução da oferta nos estoques dos hemocentros”.

De acordo com uma pesquisa feita em 2017 pelo Eu Dou Sangue em parceria com o Instituto Datafolha, cerca de 92% dos brasileiros disseram não ter doado sangue entre junho de 2016 e junho de 2017.  De acordo com o levantamento, além do recesso e do clima mais frio, feriados e dias chuvosos também impactam negativamente os hemocentros, que costumam registrar queda de 30% em seus estoques no período.

Os dados também mostraram que 39% dos brasileiros admitem não saber qual é seu tipo de sangue. O estudo, que ouviu 2.771 entrevistados em todo o país, mostrou que o desconhecimento é maior entre os homens (44%) do que entre as mulheres (35%). Assim como a maioria dos jovens (52%), na faixa dos 16 aos 24 anos, também desconhecem esse aspecto de seu próprio corpo.

A recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é de que cada país tenha, entre 3% e 5% de sua população doadora de sangue frequente. No Brasil, o índice fica em 1,8%, enquanto em alguns países da Europa, cerca de 7%.

Por: Agência Brasil

Toda a população pode se vacinar contra a gripe a partir de hoje

Dia D de vacinação contra a gripe no Leme, na zona sul do Rio de Janeiro.

A partir desta segunda-feira (3), toda a população pode se vacinar contra a gripe, inclusive quem faz parte do público prioritário e que ainda não se vacinou. De acordo com o Ministério da Saúde, a vacinação vai continuar enquanto durarem os estoques da vacina.

Até a última sexta-feira (31), quando terminou a campanha nacional, quase 80% do público prioritário foi vacinado, o que representa 47,5 milhões de pessoas. Os grupos prioritários tiveram entre os dias 10 de abril e 31 de maio para se vacinar com exclusividade.

Durante esse período, foram priorizados 59,4 milhões de pessoas, entre elas, gestantes, puérperas, crianças entre 6 meses a menores de 6 anos, idosos, indígenas, professores, trabalhadores de saúde, pessoas com comorbidades, funcionários do sistema prisional e população privada de liberdade, além de profissionais de segurança e salvamento.

Até agora, seis estados já bateram a meta de 90%: Amazonas (98,5%), Amapá (98,5%), Pernambuco (93,6%), Espírito Santo (91,3%), Rondônia (90,4%) e Maranhão (90%). Os estados com menor cobertura são: Rio de Janeiro (63,7%), Acre (73%) e São Paulo (73,1%).

Segundo o ministério, a escolha do público prioritário no Brasil segue recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) por serem grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias. A vacina é a forma mais eficaz de evitar a doença.

Por: Agência Brasil

Prefeitura de Petrolina alerta para responsabilidade conjunta no combate ao Aedes aegypti

Fotos: Jonas Santos

O apoio da população no combate ao mosquito Aedes aegypti é essencial para manter Petrolina longe de doenças como Dengue, Zyka e Chikungunya.  Os mutirões da prefeitura estão sendo intensificados, mas são hábitos diários de cada morador dentro das casas que fazem a maior diferença para que não haja criadouros e consequentemente a proliferação do mosquito transmissor das doenças.

A Vigilância em Saúde, vinculado à Secretaria de Saúde, destaca também a importância da notificação de casos suspeitos. Se a pessoa está com sintomas que podem ser indicativo das doenças, deve ir à unidade de saúde mais próxima para fazer a notificação. É através dela que os agentes de combate às endemias são sinalizados sobre os locais que devem passar pela intensificação das ações, busca ativa de focos do Aedes bem com a realização do bloqueio de transmissão com inseticidas.

Com a consolidação de dados do 3° Levantamento de Índice de infestação predial (LIRAa), feito  no início do mês de maio,  Petrolina apresenta índice geral de 2,1 %, que coloca a cidade em situação de médio risco para surto. O LIRAa, realizado a cada dois meses, serve como instrumento de monitoramento para os locais com maiores infestações dos ovos e larvas do mosquito.

O volume de casos suspeitos aumentou no último ano. De janeiro a maio de 2019, já são 470 casos notificados e 56 confirmados. No mesmo período em 2018, foram 50 casos notificados e 10 confirmados.  De acordo com a secretária Executiva de Vigilância em Saúde, Marlene Leandro, a população tem entendido a importância de informar os sintomas às unidades de saúde. “Buscamos a intensificação das ações por meio de parcerias com outros órgãos e sociedade civil. As pessoas começaram a ver que a parceria entre elas e o poder público no combate aos agravos é muito importante. Quando há um local com muitas notificações, nós sabemos que ali o trabalho precisa ser intensificado. Mas além das notificações, não podemos deixar os cuidados de lado”, explica.

COMBATE

Uma sugestão da Vigilância em Saúde é para que os moradores aproveitem o fim de semana com a família reunida e os vizinhos para fazer um ‘mutirão’ em suas casas. Com apenas 10 minutos, é possível verificar todo o quintal e jardins para eliminar locais que podem servir de criadouro para o mosquito, como recipientes que acumulam água, por exemplo. “Como passamos por um período de chuvas maior do que no ano passado, sem contar nos problemas de falta de água em alguns bairros, o que leva as pessoas a armazenarem o líquido pra utilização, tivemos o aumento da proliferação do mosquito. Por isso o alerta vai principalmente para os criadouros nas casas; até uma tampinha de garrafa pode abrigar larvas do Aedes”, informa Marlene.

Os agentes de combate às endemias realizam diariamente visitas domiciliares para orientação e tratamento focal na. Na zona rural, a partir de 1° de junho, serão iniciados mutirões de limpeza e busca ativa por focos. A primeira ação acontecerá no Projeto Maria Tereza.

Por: Assessora de Comunicação da Secretaria de Saúde de Petrolina

Lavrador de 51 anos tem pedra de 1,3 Kg e 18 cm retirada da bexiga em cirurgia na Bahia

Um lavrador de 51 anos passou por uma cirurgia em um hospital de Jacobina, na região norte da Bahia, para a retirada de uma pedra de mais de 1,3 Kg e com 18 cm de comprimento que estava na bexiga.

O procedimento ocorreu no Hospital Antônio Teixeira Sobrinho, na segunda-feira (20). O médico que realizou o procedimento, o cirurgião João Cleber Coutiunho, disse que essa é uma das maiores pedras em bexiga já registradas no mundo (veja mais casos ao final da reportagem).

O médico afirmou que o paciente relatou que há 10 anos sentia ardência ao urinar e um peso no pé da barriga, mas somente em janeiro ele procurou saber as causas. Exames identificaram um cálculo de 10 cm na bexiga e o paciente, então, foi encaminhado para Salvador, onde foi alertado sobre a necessidade de realização da cirurgia.

O procedimento cirúrgico durou cerca de 1h e, além do médico João Cleber, outros cinco especialistas participaram da operação.

O paciente, que não teve nome divulgado, ainda está internado, mas segundo os médicos, está bem e falando.

O médico explica que as pedras na bexiga geralmente são causadas pela inflamação do órgão. Isso ocorre quando o corpo está desidratado ou a urina está muito concentrada, fazendo com que ela forme cristais na bexiga, que podem acumular ao longo do tempo e criar uma pedra cada vez maior.

Via: G1-BA