WhatsApp está novamente banindo utilizadores com iPhones desbloqueados que alterem o funcionamento padrão do aplicativo

O WhatsApp começou a banir utilizadores com iPhones desbloqueados que alterem o funcionamento padrão do aplicativo de mensagens, revelou o site ‘Olhar Digital’.

Em uma publicação no Twitter (abaixo) é divulgada a mensagem que está supostamente aparecendo pelos utilizadores sobre as suspensão das contas. Vale lembrar que os utilizadores de iPhones desbloqueados por si só não são o alvo desta iniciativa da empresa, pelo que só serão banidos aqueles que tenham feito alterações ao aplicativo.

Esta não é a primeira vez que o WhatsApp inicia uma ‘guerra’ contra os utilizadores de versões alteradas do app de mensagens, pelo que já no passado baniu os que utilizem apps não-oficiais como o WhatsApp BG e o WhatsApp Plus.

Google tem falha que afeta indexação de notícias

O Google está com um problema para indexar conteúdo de grandes sites e portais – o “robozinho” que encontra notícias e apresenta aos usuários não está mostrando os links mais recentes. Nos testes do ‘Estado’, o problema afeta veículos nacionais e estrangeiros.

A falha foi detectada ainda na quarta-feira e até a publicação deste texto não havia sido solucionada. A companhia confirmou o problema logo no começo da manhã, mas não revelou totalmente as causas. “Estamos cientes dos problemas de indexação que afetaram alguns sites hoje mais cedo. faremos uma atualização quando tivermos mais informações”, dizia uma mensagem no Twitter.

Um pouco depois, a empresa confirmou ter detectado um problema da ferramenta de inspeção de URL – o Google disse que esse problema já foi resolvido. A solução definitiva, porém, ainda não veio.

Via: Notícias ao Minuto

Mais de 60% dos brasileiros usam meios digitais para pagamentos

Seis em cada dez brasileiros das classes A, B e C utilizam meios digitais de pagamentos, como aplicativos próprios – PayPal, PagSeguro e Google Pay -, canais de pagamento de contas, compras e transação pela Internet. A informação está no estudo sobre mudanças nos hábitos de consumo de serviços financeiros diante das novas tecnologias elaborado pela empresa IDC que entrevistou mais de mil pessoas, de classes média e alta, em três dos maiores países da América Latina: Brasil, Colômbia e México.

O resultado do levantamento apresentado em Nova Iorque (EUA) ainda apontou que, apenas no Brasil, 61% dos entrevistados responderam recorrer a meios digitais de pagamento ou “carteiras digitais”. No México, o resultado foi semelhante (62%) e, na Colômbia, pouco mais da metade das pessoas ouvidas afirmaram utilizar esses recursos (52%).

A adesão foi menor em relação as chamadas fintech, empresas que oferem serviços bancários ou financeiros de instituições sem locais físicos. Entre os ouvidos, 56% manifestaram adotar esse tipo de meio de pagamento no Brasil, contra 34% no México e 30% na Colômbia.

“As pessoas estão movendo de uso tradicional de dinheiro e cartão para pagamentos digitais. Uma coisa chave é confiança. Nós usávamos dinheiro porque era lastreado em ouro. Outra é o crescimento do ecossistema de fintech porque estão criando soluções que permitem transações mais rápidas, convenientes”, analisa Ricardo Villate, presidente do IDC para a América Latina.

Interações e abertura de contas

Os brasileiros são os que mais utilizam smartphones para realizar atividades financeiras, segundo o estudo. A prática é adotada por 14% dos entrevistados ouvidos no México e 11,4%, na Colômbia.

No país, a maioria dos entrevistados afirmou realizar atividades bancárias principalmente por meio de um telefone celular conectado, seguida por saques em caixas em bancos (15,9%), transações utilizando um computador pessoal (14,4%), atendimento na agência (12,9%) e saques em caixas eletrônicos em outros locais (10%).

Outro destaque entre os entrevistados brasileiros em relação aos de outros países foi a abertura de contas por meio de dispositivos móveis conectados a internet: 65% contra 52% no México e 48% na Colômbia.

Em contrapartida, cada vez menos pessoas se dirigem a uma agência bancária no Brasil para realizar operações. De acordo com a pesquisa, 58% dos consultados relataram frequentar essas unidades, enquando na Colômia e no México a adesão ainda é superior à metade dos entrevistados, 64% e 65%, respectivamente.

“Os brasileiros são altamente conectados e isso tende a popularizar o uso de carteiras digitais. Além disso, demonstram uma vontade de se atualizar tecnologicamente. O país tem um mercado com altíssimo potencial, com muitos usuários e é um dos mais competitivos da região. Isto gera uma oferta de melhores serviços”, analisa Paula Paschoal, diretora-geral da PayPal no Brasil.

Cartões

O Brasil também lidera o uso de cartões de crédito. Do total, 57% relataram usar este meio com mais frequência do que o débito. O índice foi de 38% no México e 28% na Colômbia. Quase 74% dos brasileiros disseram ter cartões tanto de crédito quanto de débito.

Estudo

O estudo intitulado “Como fintechs e bancos podem democratizar os serviços financeiros na América Latina” examinou as mudanças nos hábitos relacionados a serviços financeiros a partir da adoção de novas tecnologias, especialmente o uso de dispositivos móveis e plataformas na Internet. Foram ouvidas pouco mais de mil pessoas nos três países, sobre recursos preferenciais para pagamentos digitais, operações bancárias via Internet, compras por canais online e empréstimos a consumidores e comerciantes por plataformas conectadas à web.

Outras fontes

Os hábitos de uso de tecnologias também também são analisados em outros levantamentos. A Pesquisa de Tecnologia Bancária 2019 da Federação Brasileira de Bancos, elaborada pela consultoria Deloitte, apontou também crescimento de atividades financeiras pela Internet, a partir de informações de bancos brasileiros.

Segundo este último levantamento, o número de pessoas que usam aplicativos do celular para realizar serviços bancários triplicou entre os anos de entre 2014 e 2018, passando de 25 milhões (16% do total) para 70 milhões (45%). Já os que utilizam acesso pela Internet para o mesmo fim passaram de 31 milhões (20%) para 53 milhões (34%) no mesmo período.

Em 2018, 2,5 milhões de contas foram abertas por meio de telefones celulares, o que representa crescimento de 56% em relação ao ano anterior (1,6 milhão de contas). As contas bancárias criadas por Internet banking passaram de 26 mil para 434 mil no mesmo período.

Por: EBC

Clientes de celular pré-pago terão de atualizar cadastro junto a operadora para não ter a linha bloqueada

Começa, nesta quarta-feira (31), o recadastramento dos clientes de serviços de telefonia celular pré-paga em nove estados e Distrito Federal.

A atualização é obrigatória para quem possui pendências cadastrais. Os clientes com algum tipo de pendência receberão uma mensagem (SMS), informando que precisam fazer um novo cadastro.

Quem não fizer o recadastramento no prazo estipulado pela operadora terá a linha bloqueada enquanto o cadastro não for atualizado.

Com informações da Agência Brasil

Notícias falsas nas eleições de 2020 preocupam especialistas

A difusão de conteúdos enganosos na Internet nas disputas municipais de 2020 vem preocupando especialistas no assunto. O tema foi objeto de debate no seminário “Internet, Desinformação e Democracia”, que foi realizado  ontem (24) em São Paulo, promovido pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil ( CGI.br).

Criado em 1995, o comitê é responsável pela administração dos domínios “.br” e por diretrizes para o desenvolvimento da rede mundial de computadores no país. Durante o evento foram discutidas propostas para o enfrentamento de conteúdos enganosos nas plataformas digitais.

Em sua apresentação, a advogada e integrante do CGI Flávia Lefévre manifestou preocupação com o poder das plataformas e com a capacidade econômica em escala mundial, destacando que a minirreforma eleitoral restringiu a propaganda paga na internet apenas a grandes plataformas, especialmente Facebook e Google.

Lefébvre defendeu a necessidade de criação de mecanismos que diminuam a influência do peso econômico nas redes, uma vez que candidatos com mais recursos passaram a ter mais chances de veicular anúncios nas plataformas.

Violações

O ex-ministro do Tribunal Superior, Eleitoral (TSE), Henrique Neves, destacou a complexidade de tratamento das notícias falsas nas eleições de 2020, lembrando que a análise de violações na propaganda eleitoral será feita por 2.800 juízes das zonas eleitorais responsáveis pelas disputas municipais nas diferentes regiões do país. O total de candidatos, estimou Neves, deve passar dos 500 mil com as novas regras.

“A eleição municipal é muito mais complicada de ser feita do que a nacional. Você vai ter um universo menor, municípios com 20 mil pessoas, onde uma fake news pode se espalhar mais rapidamente. É importante uma qualificação para que os juízes, Ministério Público e advogados saibam lidar com o problema”, afirmou.

Facebook

O diretor de políticas do Facebook para eleições na América Latina, Marcos Tourinho, apresentou as iniciativas da empresa para “garantir a integridade das disputas eleitorais”, como têm sido implantadas em pleitos nos últimos anos e que serão adotadas em eleições deste ano, como na Argentina e na Bolívia.

Segundo Tourinho, a companhia reduz contas falsas, reduz o alcance de notícias identificadas como falsas por checadores no newsfeed e disponibilizou informações sobre anúncios políticos, como a exigência de confirmação de identidade, a disponibilização de quem pagou e que segmentos populacionais receberam as peças.

Foram atacados os incentivos financeiros para atores maliciosos, reduzindo o alcance de publicações que visam atrair usuários para sites com anúncios e mantendo centros de monitoramento para dar respostas a mensagens enganosas, de acordo com o diretor. Questionado, disse que a empresa não aprovou nenhuma nova medida para as eleições de 2020 no Brasil e que será feito um esforço em torno da diversidade e fragmentação do pleito.

Whatsapp

O pesquisador do Observatório Latinoamericano de Regulação, Meios e Convergência (Observacom) João Brant observou que o combate à desinformação nas eleições de 2020 passa pelo enfrentamento do problema no  Whatsapp. Tomando o papel da rede social no pleito de 2018, ele ressaltou que, apesar de ser uma rede social de mensagens privadas, permite a difusão em massa de mensagens, como nos grupos de até 256 integrantes, de forma obscura e utilizando o anonimato, “enterrando o debate político”.

Para evitar o uso a plataforma nas próximas eleições, o pesquisador defendeu uma série de medidas. “Em 2020, vamos ver o problema de 2018 em 5.500 municípios. As plataformas têm responsabilidade e têm que atuar, garantindo transparência. É preciso, por exemplo, mudar o padrão de autoria no Whatsapp, viabilizar a identificação de responsáveis por mensagens que violem os códigos Penal e Civil e constranger práticas reincidentes de desinformação.”

Com informações da Agência Brasil

Instagram vai avisar quem estiver em risco de ser banido da rede social

O Instagram anunciou novas regras que ditarão se alguém deve ou não ser banido da rede social, confirmando que passará a notificar os utilizadores se estiverem em risco de serem expulsos.

nteriormente, o Instagram apenas bania utilizadores com uma determinada percentagem de conteúdo proibido. Porém, foi confirmado que também serão banidos os utilizadores que publiquem este tipo de conteúdo durante um determinado período temporal.

Quanto ao período temporal em si, o Instagram não explicitou detalhes. Porém, sabe-se que entre o conteúdo visado pelo Instagram está nudez, pornografia, assédio, discurso de ódio ou venda de drogas.

A medida vai de encontro ao plano contra o bullying dentro da rede social. A plataforma quer acabar com ataques contra mulheres, afrodescendentes e homossexuais.

FaceApp rouba dados de usuários? Entenda termos de privacidade do app

O FaceApp está bombando nas redes sociais por conseguir um resultado convincente ao deixar uma pessoa com aparência mais velha nas fotos. No topo da lista de downloads na Google Play Store e na App Store, o aplicativo conta com outros filtros também populares, como o que deixa o rosto mais jovem e o que “muda o sexo”.

Embora pareça divertido, o serviço, disponível para Android e iPhone(iOS) traz preocupações em relação à sua política de privacidade e aos termos de uso. Isso porque os dois documentos são vagos e não oferecem muito respaldo aos seus usuários, dando brechas para uso abusivo das fotografias por parte da empresa. Confira abaixo os principais aspectos dos termos do FaceApp antes de baixar e usar o aplicativo viral.

O fato de o FaceApp ser desenvolvido pela Wireless Lab, uma empresa russa, também tem sido motivo para levantar suspeitas. No entanto, o funcionamento do app em si não parece ter nada de anormal. A Kaspersky analisou o serviço e não identificou atividade maliciosa. “A foto é enviada para os servidores do app, que fazem a modificação e enviam de volta para o usuário”, descreve Fabio Assolini, analista sênior de segurança da empresa de antivírus.

Política de privacidade do FaceApp

Especialistas em segurança avaliam que a política de privacidade do FaceApp é extremamente vaga, não fornecendo informações de como realmente os dados do usuário são utilizados pela companhia. Nas palavras do comentarista de tecnologia Stilgherrian ao veículo ABC News, “Esta é uma política de privacidade padronizada, que efetivamente oferece a você nenhuma proteção”.

No primeiro tópico do texto, “Informações que coletamos”, a companhia afirma que usa ferramentas de análise de terceiros para medir o tráfego e as tendências de uso, e que essas ferramentas coletam informações como “páginas da web visitadas, extensões e outras informações que nos auxiliam na melhoria do serviço”. Ao inserir este último trecho, o aplicativo admite que pode coletar qualquer tipo de informação que ele próprio julgar conveniente, sem especificar quais dados ou de que forma serão trabalhados.

Já no terceiro item, “Compartilhamento de Suas Informações”, o FaceApp abre o parágrafo afirmando: “nós não iremos alugar ou vender suas informações para terceiros fora do FaceApp (ou do grupo de empresas das quais a FaceApp faz parte)”. Porém, apenas algumas linhas depois, a plataforma explicitamente diz que compartilha algumas informações com parceiros de publicidade de terceiros, com o objetivo de fornecer anúncios segmentados.

O aplicativo ainda se resguarda o direito de contornar leis de proteção de dados de determinadas regiões. Ele faz isso transferindo dados dos usuários para servidores em países onde tais legislações não existem, conforme descrito no tópico 4, “Como armazenamos suas informações”.

“FaceApp, suas Afiliadas ou Provedores de Serviços podem transferir informações que coletamos sobre você, incluindo informações pessoais, além das fronteiras do seu país ou jurisdição para outros países ou jurisdições ao redor do mundo. Se você estiver na União Europeia ou em outras regiões com leis que regem a coleta e uso de dados que possam diferir da legislação dos EUA, por favor note que podemos transferir informações, incluindo informações pessoais, para um país e jurisdição que não tenha a mesma proteção de dados.”

Termos de Uso

Os termos de uso do FaceApp podem ser igualmente problemáticos. Em um dos tópicos, “Conteúdo do Usuário”, o documento determina:

“Você concede ao FaceApp uma licença perpétua, irrevogável, não exclusiva, isenta de royalties, global, totalmente paga, sublicenciável e transferível para usar, reproduzir, modificar, adaptar, publicar, traduzir, criar trabalhos derivados, distribuir, executar publicamente e exibir seu Conteúdo de Usuário e qualquer nome, nome de usuário ou imagem fornecidos em conexão com o seu Conteúdo de Usuário em todos os formatos e canais de mídia atualmente conhecidos ou desenvolvidos posteriormente, sem qualquer compensação para você.”

No trecho supracitado, a companhia indica que poderá fazer o que quiser com as fotos enviadas para o app, e essa ação é irrevogável. Uma vez que os termos de uso forem aceitos por alguém, essa pessoa não terá mais direito de voltar atrás e suspender o direito do aplicativo de usar suas imagens.

Um pouco mais adiante, o texto afirma que aceitar os termos implica em dar consentimento para que o FaceApp use o conteúdo de usuário independentemente de esse conteúdo incluir nome, semelhança, voz ou personalidade de um indivíduo em nível suficiente a indicar sua identidade. Assim, seu rosto — seja ele envelhecido ou não — pode acabar em um outdoor em um país remoto sem que você possa reclamar.

Outras polêmicas

O fato de o FaceApp ser desenvolvido pela Wireless Lab, uma empresa russa, também tem sido motivo para levantar suspeitas. No entanto, o funcionamento do app em si não parece ter nada de anormal. A Kaspersky analisou o serviço e não identificou atividade maliciosa. “A foto é enviada para os servidores do app, que fazem a modificação e enviam de volta para o usuário”, descreve Fabio Assolini, analista sênior de segurança da empresa de antivírus.

Uma polêmica real a respeito da plataforma é seu histórico de racismo. Quando foi lançado, no início de 2017, o FaceApp possuía um filtro de “embelezamento” que clareava o tom dos usuários, causando resultados inusitados em pessoas negras.

Por: Raquel Freire, para o TechTudo

Curtidas no Instagram vão acabar? Teste para ocultar “likes” no Brasil começará hoje

O aplicativo Instagram começará a testar o fim das curtidas no Brasil a partir desta quarta-feira (17). A medida já estava em discussão desde o primeiro semestre e, agora, será oferecida a um grupo de usuários brasileiros.

Os números ocultados serão as curtidas em fotos e as visualizações de vídeos. A mudança vale tanto para imagens que aparecem na linha do tempo quanto para as fotos listadas no perfil de cada usuário. A proposta da empresa é que isso ajude a sua comunidade a se engajar mais com as fotos e vídeos do que com a aceitação social denotada pelo número de curtidas.

“Não queremos que as pessoas sintam que estão em uma competição dentro do Instagram”, afirmou, em nota, a empresa.

Com o teste, o Instagram irá avaliar se a mudança ajudará os usuários a se concentrarem menos nas curtidas e mais em compartilhar histórias na sua rede social de fotos e vídeos.

O teste no Brasil não é o primeiro. A empresa já o aplica no Canadá, desde maio de 2019. Mesmo com resultados positivos desse piloto, a expansão do teste se faz necessária para compreender melhor sua aceitação e como a mudança a forma de usar o aplicativo do Instagram.

Veja, abaixo, como ficará a interface do aplicativo sem a exibição do número de curtidas nas imagens:

Sem curtidas: Instagram mostra interface sem os likes nas imagens (Instagram/Divulgação)

As curtidas do Instagram vão sumir?

Não necessariamente. Elas continuarão a existir. Mas não serão mais públicas. Apenas os donos dos perfis terão acesso às estatísticas, como acontece atualmente com sites em relação ao número de cliques que recebem.

Apps de curtidas

Com o fim dos likes, o Instagram deixaria de precisar combater aplicativos que criam jogos de curtidas. São esses aplicativos, com formato ao estilo do app de namoro Tinder, que permitem que influenciadores aumentem o número de curtidas para chamar a atenção de agências de publicidade e conquistar acordos comerciais. Buscando evitar um burnout ocasionado pelo uso demasiado de apps, diversas empresas de tecnologia, como Facebook e Google, tentam encontrar formas de melhorar suas plataformas e tornar suas notificações mais inteligentes.

Por: exame.abril

Aplicativo FaceApp pode abrir porta para abusos com dados dos usuários

Nos últimos dias, imagens de pessoas em versões mais velhas delas mesmas viraram a nova febre das redes sociais no país. O responsável por isso foi o aplicativo Faceapp, ferramenta para edição e aplicação de filtros a imagens, como a simulação das faces em idades mais avançadas ou em outros gêneros. Contudo, seu funcionamento e suas normas internas podem abrir espaço para abusos no uso e compartilhamento dos dados de seus usuários.

O FaceApp está disponível nas lojas de aplicativos Play Store (para o sistema operacional Android) e Apple Store (para o sistema operacional iOS). Na loja Play Store no Brasil estava listado em julho como o principal aplicativo na categoria gratuitos. Com nota 4,5 de 5, no momento da publicação desta reportagem, o app chegava perto de 1 milhão de downloads.

O programa é anunciado como uma ferramenta para melhorar fotos e criar simulações por meio de filtros. Nos modelos de edição há possibilidades de mudar cores do cabelo, aplicar maquiagem ou estilos de barba e bigode, entre outros. O sistema de inteligência artificial do app informa que pode encontrar “o melhor estilo para você”.

Política de privacidade

política de privacidade do app traz informações sobre quais dados são coletados e quais são os usos possíveis. Segundo o documento, são acessados as suas fotos e “outros materiais” quando você posta. Quais outros materiais? O documento não detalha. A empresa adota serviços de análise de dados (analytics) de terceiros para “medir as tendências de consumo do serviço”. O que isso significa? Não fica claro.

“Essas ferramentas coletam informação enviada pelo seu aparelho ou por nosso serviço, incluindo as páginas que você acessa, add-ons e outras informações que nos auxiliam a melhorar o serviço”, diz o documento. São utilizados também mecanismos de rastreamento como cookiespixels beacons (que enviam dados sobre a navegação para a empresa e parceiros dela).

As informações “de log” também são enviadas, como quando o indivíduo visita um siteou baixa algo deste. A empresa também insere mecanismos para identificar que tipo de dispositivo você está usando, se um smartphone, tablet ou computador de mesa. Podem ser veiculados anúncios por anunciantes parceiros ou instalados cookiesdessas firmas.

Por meio dessas tecnologias a sua navegação passa a ser totalmente rastreada. Segundo a empresa, contudo, esse volume de informação é reunido sem que a pessoa seja identificada. “Nós coletamos e usamos essa informação de análise de forma que não pode ser razoavelmente usado para identificar algum usuário particular”, informa o app.

As políticas de privacidade afirmam que a informação não é vendida ou comercializada, mas listam para quem a informação reunida pode ser compartilhada para as empresas do grupo que controla o Faceapp, que também poderão utilizá-las para melhorar os seus serviços. Também terão acesso empresas atuando na oferta do serviços, que segundo o documento, o farão sob “termos de confidencialidade razoáveis”. O que são termos razoáveis? O usuário não tem como saber.

O compartilhamento poderá ser feito para anunciantes parceiros. Se a empresa for vendida, ela poderá repassar as informações aos novos acionistas ou controladores. De acordo com o documento, mudanças nos termos podem ser feitas periodicamente, sem obrigação de aviso aos usuários. Assim, a empresa possui um leque amplo de alternativas de compartilhamento sem que o usuário saiba quem está usando suas informações e para quê.

Riscos

A diretora da organização Coding Rights, Joana Varon, avalia que o uso do app traz uma série de riscos e viola a legislação brasileira ao afirmar que poderá ser regido por leis de outros países, inclusive o Artigo 11º do Marco Civil da Internet (Lei Nº 12.965).

Joana considera a política de privacidade do FaceApp muito permissiva, uma vez que não é possível saber quais dados serão utilizados, como e por quais tipos de empresas. Entretanto, ela acrescenta que certamente a empresa responsável e seus “parceiros” trabalham os registros reunidos para alimentar sistemas de reconhecimento facial, uma vez que o app gera um poderoso banco de dados, não só de fotos dos usuários como de outras pessoas para as montagens (como de amigos ou de celebridades).

Ela diz que isso resulta em um problema grave, uma vez que as tecnologias de reconhecimento facial têm se mostrado abusivas, como nas aplicações de segurança pública. As preocupações levaram cidades a banir esse tipo de recurso, como San Francisco, nos Estados Unidos, ou São Paulo, que proibiu o uso da tecnologia no metrô.

“As pessoas ficam empolgadas mas no fim tem uma finalidade muito além do que só essa brincadeira, que nem é tão clara. É claro que imagens estão sendo utilizadas para aperfeiçoar o reconhecimento facial, tecnologia que tem se mostrado totalmente nociva. Não é só identificação de pessoas, mas do humor e outras características que não são comuns a outros tipos de dados biométricos, como digital”, explica.

Venda de dados

Para Fábio Assolini, analista sênior de segurança da Kaspersky, é possível que essas imagens acabem sendo empregadas em usos problemáticos. “Por utilizar inteligência artificial para fazer as modificações a partir do reconhecimento facial, a empresa dona do app pode vender essas fotos para empresas desse tipo, além desses dados facilmente caírem nas mãos dos cibercriminosos e serem utilizados para falsificar nossas identidades”, diz.

Assolini diz que os usuários devem tomar cuidado sobre como disponibilizam suas imagens para reconhecimento facial ou até mesmo publicamente. “Temos que entender essas novas maneiras de autenticação como senhas, já que qualquer sistema de reconhecimento facial disponível a todos pode acabar sendo usado tanto para o bem quanto para o mal”.

Dados expostos

Na opinião do coordenador do grupo de pesquisa Estudos Críticos em Informação, Tecnologia e Organização Social do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), Arthur Bezerra, o argumento da parte de muitos usuários de que não haveria problemas no Faceapp, uma vez que os dados das pessoas já estão expostos na internet não procede.

“Embora plataformas como o Google e o Facebook tenha uma enorme gama de dados sobre nós, cada empresa busca formar seu banco de dados. E o Faceapp é desenvolvido por uma empresa russa, então quando você faz o download, você está compartilhando suas informações com uma nova companhia que você não sabe qual é. Se eu dissesse por alguém para me dar a senha do Facebook, a pessoa provavelmente não daria, pois todo mundo tem uma dimensão privada da sua vida”, disse.

Polêmicas

Modas como a do FaceApp já levantaram preocupações antes. Foi o caso do desafio dos 10 anos, que virou febre no Facebook no início do ano e provocou questionamentos pela alimentação de sistemas de reconhecimento facial. No ano passado, o Ministério Público abriu um inquérito para saber se a adoção dessa tecnologia pelo Facebook violava ou não a legislação.

Iniciativas em diversos países – como Estados Unidos, China e Rússsia – vêm sendo criticadas por defensores de direitos dos usuários. Empresas do setor, como a Microsoft, chegaram a pedir publicamente a regulação dessas soluções técnicas. No Brasil, o início da aplicação desses recursos pelo Sistema de Proteção ao Crédito no ano passado também foi acompanhado de receios.

Por: Agência Brasil

Aplicativo mostra como você será quando ficar idoso. Até Miguel Coelho se rendeu à mais nova febre da internet

A foto do prefeito Miguel Coelho após passar pelos filtros do FaceApp

O FaceApp é a nova onda do momento. De políticos, como o Prefeito de Petrolina Miguel Coelho, celebridades, como Xuxa, milhares de pessoas estão se rendendo à mais nova febre da internet: envelhecer o rosto utilizando o aplicativo FaceApp. Apesar de não ser novidade, o programa chamou a atenção por criar fotos extremamente realistas.

O App, através de uma selfie ou uma outra foto já tirada, faz com que mostre como você seria quando for mais velho. Isto claro, a julgar pela tecnologia de reconhecimento facial deste aplicativo.

Segundo o TechTudo, o app já tinha dado que falar em 2017 e na ocasião já contava com um filtro de envelhecimento. Entretanto, um filtro estreado pelo Snapchat tornou esta capacidade uma das mais populares entre os fãs das redes sociais, promovendo o FaceApp a novos níveis de popularidade.

Esta não é a única opção incluída no FaceApp, que permite ainda alterar o gênero, cor do cabelo e outras opções que estão disponíveis no modo Pro. O FaceApp está disponível tanto em Android como iOS.

@miguelcoelhope